segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Agosto, mês de Obaluaê e Omulu

No mês de agosto se comemora o orixá Omulu e Obaluaê. Omulu onde “omó”, em Yorubá, significa filho, menino. Esse orixá tem a propriedade de transformar a evolução humana. É um orixá fundamental em todos os Axés. Relaciona-se com todos os orixás, já que o elemento terra é a base de todos os outros três elementos da natureza: água, ar e o fogo, que nasce de dentro da terra.
São Lázaro
Obaluae pelo sincretismo da Umbanda.

Orixá que está diretamente relacionado com a fertilidade da terra (prosperidade), sendo um orixá muito rico. Também está ligado às doenças infecciosas que causam febre, doenças epidêmicas, às doenças de pele, e às doenças da gravidez. Omolu é o orixá que protege o homem dos efeitos maléficos causados pro todos estes processos.
Filho de Oxalá e Nanã tem como símbolo o Xaxará, objeto que representa a imagem coletiva dos ancestrais. E sendo Onilé “Mãe terra” (o grande ventre), Omolu é a simbologia do ventre fecundado e de todos os espíritos contidos na terra.
Na Umbanda, Omulu e Obaluaê compartilham da mesma energia, sendo que o primeiro é conhecido como o mais velho e o segundo o mais novo.

Pra que serve essa tal mediunidade?

Muitas vezes pensei, logo que comecei minha escolha espiritual, mas pra que será que serve essa tal mediunidade? Comigo não foi assim, mas presenciei uma mediunidade em desenvolvimento com muitas turbulências, amnésias temporárias, quedas físicas, falta de energia, entre outras coisas. Então, qual o sentido de se vir médium se o sofrimento é inevitável? Será que a dor física, a dor da rejeição dos outros, a dor de se sentir isolado, imcompreendido, endoidecido vale a pena diante do desenvolvimento mediúnico? Qual sentido pra tudo isto?
Tantas questões, na cabeça de uma pessoa de 23 anos e que apenas agora mais de 10 anos depois, estão claramente respondidas. A resposta veio ao longo desta jornada de encontro pessoal.
Essa tal mediunidade serve para se descobrir, para se reconhecer e se reconstruir a cada obstáculo. É com essa tal mediunidade que fazemos escolhas e que mudamos nossos valores, é que caminhamos ao lado do amor e da luz e a cada dia vale mais a pena, principalmente quando sentimos a gratidão e meiguice do preto velho, o sorriso do caboclo, a alegria do baiano, a inocência sábia das crianças, a descontração do marinheiro, a disciplina do boiadeiro, a magia do cigano, a força do exú, a sensualidade da pomba gira, a peraltice do exú mirim, a vibração dos orixás, o conhecimento dos médicos, a sabedoria dos mestres orientais, a luz dos freis e madres e além disto tudo, a mudança que acontece em nossos irmãos de fé.
Não me sinto especial por ter essa tal mediunidade, de verdade, me sinto grata por poder trabalhar com irmãos espirituais maravilhosos, por ter encontrado minha família espiritual nos meus irmãos de umbanda e por poder praticar a maior lição que Jesus nos deixou: a caridade, comigo mesma, com meus amigos, com minha família, com os desconhecidos do caminho e com os assistidos que buscam com os guias palavras salutares.
Por tudo isto e muito mais que as palavras não alcançam é que essa tal mediunidade serve! Aos que começam agora lembrem-se que este é apenas o começo e nunca é tarde demais para se reconstruir, aos que já começaram, independente do tempo que faça, lembrem-se que nunca é tarde demais para se reciclar!
Paz e luz!

domingo, 19 de junho de 2011

Nanã

Dia 26 de julho comemoramos o dia da Orixá Nanã Buruquê. Ela é o princípio, o meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte. É a própria evolução do Ser. Deusa dos rios, lagos e pântanos; a Mãe das águas e das Iabás (Orixás femininos), pois é a mais velha das mães. Seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e, para o povo Jeje da região do antigo Daomé, Nanã significa mãe, a grande Mãe da Sabedoria.
É representada como a grande avó de energia amorosa e feminina, é a ela que clamamos quando precisamos nos auto-perdoar e nos libertar do passado. Ela representa o colo que aconchega, acolhendo amorosamente nossas dores para nos ajudar a transformá-las com sabedoria.
O seu elemento é a lama do fundo dos rios. Ela é a deusa dos pântanos, da transcendência e da morte, que está associada à terra pois para onde somos levados quando morremos. Nanã é considerada a mais velha dos Orixás das águas, age com rigor em suas decisões, oferece segurança, mas não aceita traição. É uma figura muito controversa no panteão africano: ora perigosa e vingativa, ora desprovida dos seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido.
Os filhos de Nanã são calmos e benevolentes, agindo sempre com dignidade e gentileza. São pessoas lentas no exercício de seus afazeres, julgando haver tempo para tudo, como se o dia fosse durar uma eternidade. Muito afeiçoadas às crianças, educam-nas com ternura e excesso de mansidão, possuindo tendência a se comportar com a indulgência das avós. São pessoas bondosas, decididas, simpáticas, mas principalmente respeitáveis. Podem apresentar tendência a viver no passado e de recordações. As pessoas de Nanã podem ser teimosas e rabugentas, daquelas que guardam por longo tempo um rancor ou adiam uma decisão. Porém agem com segurança e majestade. Suas reações bem equilibradas e a pertinência das suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça. Seus filhos tem grande capacidade de perdoar, principalmente às pessoas que amam.
Sua Saudação – Saluba Nanã (dona do pote da Terra)
Sincretismo – Nossa Senhora Sant’ana
Cor – violeta ou lilás (sabedoria)
Guia de contas – Cristal lilás ou pedra ametista
Pedra – Ametista
Domínio – Lama e pântanos
Elemento – Água da chuva e terra (lama)
Saluba Nanã!!!

domingo, 29 de maio de 2011

Homenagem Santa Sara Kali e Povo Cigano - 24 de maio




Também conhecidos como "senhores da estrada", o povo cigano é conhecido por sua alegria característica, sua dança, música e roupas coloridas.


Percorreram a Índia toda, chegaram ao Oriente Médio e foram se espalhando pela Europa, África, América.


Eram divididos em vários clãs como os Banjaras (músicos e dançarinos), Hakkipikki (caçadores do centro sul da Índia), Gadha Lohar (trabalhavam com metais), Rabari (pastores de ovelhas, cabras e camelos), Korwas (fabricantes de pulseiras, colares e coroas), Kalibilias, Nat e Bopas (dançarinos, acrobatas de circo).


Estes clãs que geraram o nome "cigano" e estes estavam contidos em três grandes grupos: os Rom ou romas, que falam a língua romani, são divididos em vários subgrupos com denominações próprias como os Kalderash, Matchuaia, Lovara, Curara entre outros; são predominantes dos países balcânicos, mas a partir do século XIX migraram também para outros países euroupeus e para as américas; também tem os Sinti, que falam a língua romani-sintó e são mais encontrados na Alamenha, Itália e França, onde também são chamados Manuch; e, por fim os Calon ou kalé , que falam a língua caló, vivem principalmente em Portugal e na Espanha, onde são mais conhecidos com gitanos, mas que no decorrer dos tempos percorreram também por outros países da Europa e migraram e foram deportados inclusive para o Brasil.


Isto é só um pouco da cultura de um povo de luta, de amor, de fé que contribui para Umbanda com sua magia, suas palavras de sabedoria e carregadas de vida, seu sorriso e sua luz. Optchá Povo de luz!!!




ORAÇÃO A SANTA SARA KALI



Salve Mãe, Rainha, protetora dos ciganos.
Optcha Santa Sara Kali !!!



Santa Sara, pelas forças das águas.
Santa Sara, pelos seus mistérios. Tu possas estar sempre ao meu lado.
Eu, devota dos filhos dos Ventos, das Estrelas e da Lua Cheia, peço que a senhora esteja sempre ao meu lado. E que pelas fitas do Povo Cigano, a Estrela de Cinco Pontas, os Incensos; pelo meu altar, pela minha Cigana, eu possa ter sabedoria e amor para ajudar a toda criatura que vier a mim em busca de auxílio.
Santa Sara, eu vos peço que meus inimigos nunca me enxerguem, como sempre foste pare eles uma noite escura, sem estrela e sem luar.
Santa Sara me abençoe e acompanhe todos os meus amigos, e que sempre todos que baterem em minha porta eu tenha sempre uma palavra de amor e carinho para dar.
Que eu nunca seja orgulhosa e que sempre continue a mesma pessoa sincera e bondosa que sempre fui, sou e tenho certeza serei.
Assim seja!






segunda-feira, 9 de maio de 2011

13 de Maio - Homenagem aos Pretos Velhos

Um gemido de dor,

Um clamor de respeito se ouviu

Ao clarear do dia

Em que o navio chega à terra da diversidade!

A quebra das amarras, o arrebentar das algemas

Se deu ao eco de Zambi guerreiro,

Ao som de Oxalá, de Obaluaê, Omulu

De todos orixás;

Da cor da escuridão só se via luz!

Escravidão não se acaba com um gesto apenas

Escravidão se começa dentro de cada um

Povo livre que só se tornou cativo por opção

Povo de luta, de guerra e de paz

Povo de amor, da verdade

Povo que ensina, que aprende e apreende com as dificuldades

Salve os vovôs e vovós do gueto, do Congo, da Cabinda

Salve os pais e mães de Aruanda, D´Ângola

Aos tios e tias, aos véios,

Adupé Princesa Isabel pelo gesto de coragem!

Àforíji aos que não conseguiram se libertar

Das angústias, da tristeza, da hipocrisia!

Agó, Yagó

Em demonstrar em poucas palavras

Sentimentos sinceros!

Aos amados Pretos Velhos a quem tanto estimo

Tanto creio, tanto amo!

Alamoju a que ainda de dispõe a discriminação!

Dupe!

Graças a Olorun!

Salve Vô Sebastião, Vô Waltinho, Mãe Joana,

Vó Maria, Vó Sebastiana, Mãe Tiana,

Pai Chico, Pai Juvêncio, Pai Sabino,

Pai João d´Ângola, Pai Joaquim do Gueto,

Mãe Maria Redonda, Vovó Cabinda, Tia Guilhermina,

Titio da Caridade!

Salve todos os pretos velhos, esta linha da pureza, da simplicidade, da fé e da sabedoria!









Ética e moral umbandista

Ética e Moral se diferenciam já que o primeiro conceito busca fundamentar a melhor forma de viver o pensamento humano e o segundo é a realização normativa desta construção, quer seja hierárquica, cultural ou religiosa. Pensando nisto que a Umbanda se apóia na questões éticas para realizar seu trabalho. A umbanda, sendo um segmento religioso, tem uma pluralidade de idéias já que os terreiros contam com uma enorme gama de diversidade cultural. O importante é não se esquecer dos seus fundamentos que são igualdade entre os homens, prática da caridade, vestimenta branca, não ao sacrifício de animais e o evangelho em seu aconselhamento.


Pensando em minha prática e ousando dar uma opinião, acredito que a ética e moral devam ser um dos fundamentos desta amada religião, puramente brasileira, com agraciadas raízes africanas, e grandes contribuições indígenas. Numa gira muitos enfoques estão em questão; as regras da dirigência, do guia chefe, a consciência da função de cada um (médium incorporante, cambones, cambone chefe, mãe pequena etc) e o bom desempenho do grupo. Este último conta com a discrição dos trabalhadores em não comentarem casos a quem quer que seja e muito menos os disporem ao próprio julgo, pois o que pode parecer pequeno para uns tem outro peso para outros. Este é o grande treino de entendimento da beleza de Deus na construção de nosso corpo: dois ouvidos e uma boca, para que possamos ouvir mais do que falar e quando falarmos que seja apenas o necessário.


Neste sentido que penso ser saudável que reuniões de grupos se abram para estas discussões dentro dos terreiros, templos, centros de umbanda (ou chamemos como preferirmos) e ainda, que esteja claro aos assistentes e assistidos o funcionamneto esperado de cada Casa. É importante que os adeptos da religião não se apropriem da mesma com interesse pessoal e permitam discussões salutares, o que não acontece por receio de mostrarem suas facetas egoístas e vaidosas. Os verdadeiros umbandistas não temem falar sobre aspectos subjetivos e objetivos da religião por saberem ser este caminho o da melhoria constante, do crescimento e evolução da moralidade religiosa.


Saravá Umbanda! Que a ética e a moral sejam nosso norte e o bom senso nosso guia!!!


domingo, 24 de abril de 2011

Fênix




A lenda da Fénix, ave única e de beleza inigualável, está relacionada com o Egito e com o culto pelo Sol e sobretudo diz respeito à morte e ao ressurgimento.
Quando a Fénix sente que chega o fim da sua existência, se recolhe e acumula plantas aromáticas: incenso, cardamomo e resinas. Constrói com todas elas um grande ninho exposto aos raios solares. O calor do Sol, incidindo sobre as plantas secas, incendiará o ninho e a Fénix arderá com ele e converter-se-a em cinzas.
Então, dessa cinza, impregnada com os restos da Ave, nasce uma pequena larva, que, se transformará na nova Fénix.


Muitos de nós somos Fênix; o fim de nossa existência acontece quando é hora de nos transformarmos. Este momento acontece muitas vezes em nossas vidas e só cada um percebe quando está para chegar. Nesta hora acumulamos nossos aprendizados, nossas atitudes e esperamos que o calor da fé queime tudo que é nosso e não vibra mais na mesma sintonia. No instante da mudança ardemos como a ave, nos questionamos, nos encontramos e sentimos as dores do desapego até cairmos ao chão da consciência com certa pseudo-destruição. Para então nos juntarmos novamente, agora renovados e fortalecidos, cuidadosos e atentos, talvez mais humildes e simples até crescermos uma nova fênix.


Paz e luz!!!

domingo, 10 de abril de 2011

Salve Ogum! Ogum yié! Ogunhê!

Ogum é a divindade masculina iorubá que se repete em todas as formas mais conhecidas da mitologia universal, é o arquétipo do guerreiro. Sua figura é associada à luta, à conquista, e a força. Depois de Exú está mais próximo dos seres humanos. Foi uma das primeiras figuras do candomblé incorporada pela umbanda; seu sincretismo é São Jorge que é um tradicional guerreiro dos mitos católicos, também lutador, destemido e com iniciativa.

Em uma das lendas iorubás, Ogum não se preocupava em administrar o reino do seu pai, Odudua. Foi substituto do pai em alguns trabalhos e não gostava de ficar parado no palácio. Sempre estava com algum romance com as moças da região e arrumava brigas com os namorados delas. Criou assim uma imagem política desmoralizante e por isso acabou sendo enviado para o que mais gostava de fazer: lutar para conquistar territórios.

Se pensarmos na lenda, Ogum é aquele que gosta de iniciar as conquistas mas não sente prazer em administrar os resultados delas.

É o senhor do ferro sendo o padroeiro de todos os que o manejam. É também o orixá que cuida dos conhecimentos práticos, sendo o patrono da tecnologia. É o símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a natureza, da produção e da expansão.

Comparando com os signos, em Áries tem a energia da explosão criativa e indomada, é inesgotável como Capricórnio e possui a visão prática, utilitária e a determinação na busca de objetivos, além da capacidade de trabalho do Touro.

Ogum não se interessa por atividades que exijam tempo, paciência e sutilezas diplomáticas; gosta mesmo de falar diretamente a verdade sem ter que se preocupar num discurso para cada pessoa. Tem uma arrogância demasiada para modificar seu modo de falar e ter de pensar que o que é lógico e válido para ele pode não ser para outros. Pouco se importa com a comodidade e dispensa o luxo.

Seus gostos vem da simplicidade como dormir no chão, pois precisa estar em contato direto com a natureza, dispensa roupas elaboradas e caras, que possam ser complicadas de vestir ou que exijam muito espaço na mochila. Ele não é do tipo austero e sim sério. Quando fica irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo.

Em relação ao amor, quando apaixonado, sua sexualidade é devastadora e não se contenta em esperar nem aceitar a rejeição. Fora da guerra é o Orixá da alegria, da diversão, da delícia de viver, especialmente no contato com amigos. Gosta de ter muita gente em volta ouvindo suas histórias. Seu número é o sete.

O Arquétipo dos filhos de Ogum, nos aspecto psicológico mostra um comportamento violento, impulsivo, conceito de honra, sendo incapaz de perdoar as ofensas sérias de que é vítima. Mas sempre termina tudo com uma boa gargalhada por ter reconhecido no adversário uma espécie de cúmplice de jogo. Gosta de guerrear a sério ou de brincadeira, apenas para medir forças. Os homens e mulheres que tem Ogum como seu orixá de cabeça vão ter comportamentos diferentes de acordo com o segundo orixá que os influencia (o ajuntó), podendo atenuar sua tonalidade sangüíneo-passional ou aumentá-la ao extremo. De qualquer forma, terão em comum alguns traços como serem conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar ou pessoa por muito tempo, apreciadores das novidades tecnológicas, dos novos caminhos da ciência e de novas formas de desempenho profissional. Os filhos desse Orixá são pessoas curiosas e resistentes as mudanças, com grande capacidade de concentração no objetivo a ser conquistado, tem grande coragem, franqueza absoluta (chegando mesmo a falta de tato), rudez e líder nato.

Em termos físicos tende a ser esguio, musculoso e atlético, mas não necessariamente volumoso. Tudo em Ogum se aproxima do conceito de despojamento, do ser que não tem tempo para ser vaidoso, por que está sempre de passagem. A vida dos filhos deste orixá é movimentada, sua casa tem poucos móveis, quase nunca de estilo antigo e de características barrocas, com cantinhos difíceis de limpar. Será um lar austero, com poucas peças, sempre muito práticas, deixando grandes espaços vazios, o importante para ele não é criar um ambiente harmonioso, mas ter cadeiras para sentar, mesa para servir as refeições ou trabalhar e pronto.


Já em relação ao culto do orixá, terça-feira é seu dia. Sua cor é o azul-índigo em alguns terreiros ou o vermelho ou ainda, o vermelho e branco. Sua saudação é Ogunhê, seu elemento é o ferro, seus domínios são os caminhos e as guerras, seus instrumentos de atuação são a espada e o escudo. Dentre os Oguns mais conhecidos temos Ogum Iara, Ogum Megê, Ogum Beira Mar, Ogum Sete Ondas, Ogum Damasciano, Ogum Xoroquê, Ogum Sete Espadas, Ogum Matinada, Ogum Naruê, Ogum Sete Lanças, Ogum de Ronda entre outros.

Dia 23 de abril é comemorado seu dia e pessoas do Brasil inteiro participam de grandes festas dentro das religiões africanas e na Umbanda. É este o dia magístico para os pedidos de força pessoal, de coragem, de determinação e de agradecimento pelas conquistas realizadas.


Salve nosso Pai Ogum!!!

Páscoa e Umbanda



A Páscoa é uma festa comemorada pelo catolicismo que mostra um Cristo ressucitado. Para a Umbanda, Jesus Cristo, ou em seu sincretismo, Pai Oxalá, apenas ressurgiu em espírito para consolar seus irmãos e lhes falar sobre suas missões, além de lhes mostrar que a vida é eterna, apenas o que muda são as roupagens que vestimos e onde as vestimos.

Para mim, em especial, na Páscoa devemos comemorar o ressugir de nós mesmos,nosso recriar, nosso reinventar e,no melhor dos termos, nosso reconstruir. É isto que nosso Oxalá veio avisar que após a quaresma, período onde as trevas tem permissão de estarem mais atuantes, período onde nossas fraquezas estão acentuadas, este seria o momento de pararmos para prestar atenção em nós mesmos, em nossas atitudes e em nossa evolução para seguirmos em frente fortalecidos e confiantes no propósito da caridade em geral.

Sem julgamentos em relação a esta festa, cada religião comemora de uma forma e não cabe a mim críticas aqui. O ritual que cada um realiza nesta semana, chamada de santa, deve ser respeitado, mas acima de tudo, não podemos esquecer que nossa base vem da Igreja Católica é normal que tenhamos algumas ações parecidas com aquilo que está introjetado de nossa cultura em nossas moradas.

Só acredito que a escolha de ser umbandista me dá o direito de comemorar a Páscoa com ritual determinado, ou seja, neste dia irmãos de fé, façam sua oferenda a Oxalá. E não se esqueçam que a melhor forma de oferendar a este Pai não é alimentando-o huma mata simplesmente, mas sim alimentando os seus filhos necessitados no caminho; pratiquem a caridade do pão, do amor, a atenção com seus familiares, num asilo, orfanato, nas ruas. Não vamos deixar com que dogmas nos impeçam de realizar aquilo que nosso coração vibra. Vamos lembrar sempre que UMBANDA É PAZ E AMOR antes de achar que a verdade deve ser absoluta.

Paz e luz! Boa Páscoa! Bom renascer!


domingo, 13 de março de 2011

Instrumentos dos guias e médiuns


Todos os guias da nossa amada umbanda utilizam de determinados instrumentos para realizar sua magia, por exemplo os caboclos e pretos velhos usam as ervas, com receitas de chás, banhos e trabalhos específicos; os ciganos e povo do oriente utilizam das pedras, cartas, incensos, frutas, água entre outros; os marinheiros usam água de mar, conchas; os boiadeiros usam terra, chás, ervas; os baianos usam coco, azeite de dendê, pimentas etc; os erês os doces em geral; a linha da Esquerda usa pinga, fumo, champagne, pimenta, dendê, limão, alho, casca de cebola e ervas; todos os guias usam em comum as velas, mel, o Evangelho de Jesus. Mas o que tem que existir de comum neste aspecto é o conjunto mediúnico: médium X guia. Como que um caboclo pode passar um banho para limpeza de miasmas se o médium que o incorpora não conhece ervas? Como que um preto velho pode passar um macerado de erva para cura se o médium não sabe nem o que é um? Como que um cigano pode passar um trabalho com pedras se o médium nem imagina que existem cristais ativadores de energia específica e pedras que podem proteger contra negatividade? Como que um erê pode usar doces para abrir caminho de um filho de fé se o médium não sabe se quer que estes guias de luz não incorporam só para brincar e que a própria brincadeira deles tem um fundamento? Esta é uma questão muita séria hoje nos terreiros. Alguns médiuns acreditam que o guia saber já é o suficiente e esquece que a relação é de conjunto mediúnico, isto é, o guia saber é óbvio porque se não o fosse ele não estaria nesta condição mas ele só pode trabalhar com tudo que conhece se seu "aparelho" estudar e cooperar na transmissão.


Ser um médium umbandista de incorporação é ter responsabilidade pela própria evolução pessoal, ser moralmente ativo e reconhecer na caridade o fundamento principal da religião, além disto é ter responsabilidade pelos guias que trabalham conosco proporcionando meios de um trabalho real em prol de nosso próximo.


Conscientização de nossa missão umbandista, bom senso e estudo sempre fará com que nossa umbanda seja difundida em sua iamgem real e com tuda seriedade. Pensemos nisto!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Umbanda e Carnaval


O Carnaval é a festa popular mais conhecida do mundo. Teve início antes da era cristã no Egito, Grécia e Roma. A partir do século XI, foi implantado pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a quaresmaA palavra "carnaval" está relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", que, acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis" do grego significa carne e "valles" significa prazeres. 
O carnaval da antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres. Os escravos nesta época eram soltos e não tinham restrições morais. No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os bailes de máscaras. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.
Ver imagem em tamanho grandePor conta do desregramento moral, pelo uso de drogas, bebidas e sexo abusivos, o padrão vibratório dos foliões abaixam e espíritos trevosos tomam conta da energia que o mundo está vibrando.
Nesta época em especial, portais negativos se abrem, com a permissão de nosso Pai Oxalá, para que haja resgate de espíritos que vibram em sintonias diversas. na grande maioria eles não seguem um caminho de luz e ficam em Terra fazendo algazarras e obsediando quem permite. Portanto, o clima fica mais propício as tentações carnais.
Não é errado comemorarmos o carnaval, a única diferença para nós da umbanda é que recomendamos que médiuns e assistência brinquem esta festa com sabedoria, sem exageros. Aos médiuns em especial, é importante que seja feita uma firmeza para seus exús na sexta-feira anterior ao carnaval e uma firmeza aos guias da Linha da Direita, além dos banhos de defesa.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Sejam Benvindos !

Que a Luz do Criador se estenda à todos que buscam a evolução espiritual dentro de um caminho de fé, reforma íntima, tolerância e labor na Seara do Bem.

Esperamos que juntos possamos vencer as demandas as quais nós mesmos nos imputamos ao longo de nossa jornada evolutiva.