Um clamor de respeito se ouviu
Ao clarear do dia
Em que o navio chega à terra da diversidade!
A quebra das amarras, o arrebentar das algemas
Se deu ao eco de Zambi guerreiro,
Ao som de Oxalá, de Obaluaê, Omulu
De todos orixás;
Da cor da escuridão só se via luz!
Escravidão não se acaba com um gesto apenas
Escravidão se começa dentro de cada um
Povo livre que só se tornou cativo por opção
Povo de luta, de guerra e de paz
Povo de amor, da verdade
Povo que ensina, que aprende e apreende com as dificuldades
Salve os vovôs e vovós do gueto, do Congo, da Cabinda
Salve os pais e mães de Aruanda, D´Ângola
Aos tios e tias, aos véios,
Adupé Princesa Isabel pelo gesto de coragem!
Àforíji aos que não conseguiram se libertar
Das angústias, da tristeza, da hipocrisia!
Agó, Yagó
Em demonstrar em poucas palavras
Sentimentos sinceros!
Aos amados Pretos Velhos a quem tanto estimo
Tanto creio, tanto amo!
Alamoju a que ainda de dispõe a discriminação!
Dupe!
Graças a Olorun!
Salve Vô Sebastião, Vô Waltinho, Mãe Joana,
Vó Maria, Vó Sebastiana, Mãe Tiana,
Pai Chico, Pai Juvêncio, Pai Sabino,
Pai João d´Ângola, Pai Joaquim do Gueto,
Mãe Maria Redonda, Vovó Cabinda, Tia Guilhermina,
Titio da Caridade!
Salve todos os pretos velhos, esta linha da pureza, da simplicidade, da fé e da sabedoria!
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