segunda-feira, 9 de maio de 2011

13 de Maio - Homenagem aos Pretos Velhos

Um gemido de dor,

Um clamor de respeito se ouviu

Ao clarear do dia

Em que o navio chega à terra da diversidade!

A quebra das amarras, o arrebentar das algemas

Se deu ao eco de Zambi guerreiro,

Ao som de Oxalá, de Obaluaê, Omulu

De todos orixás;

Da cor da escuridão só se via luz!

Escravidão não se acaba com um gesto apenas

Escravidão se começa dentro de cada um

Povo livre que só se tornou cativo por opção

Povo de luta, de guerra e de paz

Povo de amor, da verdade

Povo que ensina, que aprende e apreende com as dificuldades

Salve os vovôs e vovós do gueto, do Congo, da Cabinda

Salve os pais e mães de Aruanda, D´Ângola

Aos tios e tias, aos véios,

Adupé Princesa Isabel pelo gesto de coragem!

Àforíji aos que não conseguiram se libertar

Das angústias, da tristeza, da hipocrisia!

Agó, Yagó

Em demonstrar em poucas palavras

Sentimentos sinceros!

Aos amados Pretos Velhos a quem tanto estimo

Tanto creio, tanto amo!

Alamoju a que ainda de dispõe a discriminação!

Dupe!

Graças a Olorun!

Salve Vô Sebastião, Vô Waltinho, Mãe Joana,

Vó Maria, Vó Sebastiana, Mãe Tiana,

Pai Chico, Pai Juvêncio, Pai Sabino,

Pai João d´Ângola, Pai Joaquim do Gueto,

Mãe Maria Redonda, Vovó Cabinda, Tia Guilhermina,

Titio da Caridade!

Salve todos os pretos velhos, esta linha da pureza, da simplicidade, da fé e da sabedoria!









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