quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Carnaval e Umbanda em 2012


O carnaval realizado no Brasil é a maior festa popular do mundo. Para surpresa de muitos, o carnaval é anterior a era cristã.
No Egito, na Grécia e em Roma, pessoas de diversas classes sociais se reuniam em praça pública com máscaras e enfeites para desfilarem, beberem vinho, dançarem, cantarem e se entregarem as mais diversas libertinagens.
O carnaval era uma prática religiosa ligada à fertilidade do solo. Era uma espécie de culto agrário em que os foliões comemoravam a boa colheita, o retorno da primavera e a benevolência dos deuses.
No Egito, os rituais eram oferecidos ao deus Osíris, por ocasião do recuo das águas do rio Nilo. Na Grécia, Dionísio, deus do vinho e da loucura, era o centro de todas as homenagens, ao lado de Momo, deus da zombaria. Em Roma, várias entidades mitológicas eram adoradas, desde Júpiter até Saturno e Baco. Na Roma antiga, escolhia-se o homem mais obeso da cidade –simbolizando a fartura, o excesso e a extravagância – para representar o deus Momo no carnaval, ocasião em que era coroado rei. Durante os três dias da festividade, ele era tratado como a mais alta autoridade local, sendo o anfitrião de toda a orgia. Encerrada as comemorações, o"Rei Momo" era sacrificado no altar de Saturno. Com a supremacia do cristianismo a partir do século IV de nossa era, várias tradições pagãs foram combatidas. No entanto, a adesão em massa de não-convertidos ao cristianismo, dificultou a repressão completa. A Igreja foi forçada a consentir com a prática de certos costumes pagãos, muitos dos quais, cristianizados para evitar maiores transtornos. O carnaval acabou sendo permitido, o que serviu como"válvula de escape" diante das exigências impostas durante período da Quaresma.
Na Quaresma, todos os cristãos eram convocados a penitências e à abstinência de carne por 40 dias, da quarta-feira de cinza até as vésperas da Páscoa. Para compensar esse período de suplício, a Igreja medieval fez "vistas grossas" às três noites de carnaval. Na ocasião,o povo aproveitava para se esbaldar em comidas, festas, bebidas e prostituições, como na antiguidade.
Na Idade Média, o carnaval passou a ser chamado de "Festa dos Loucos", pois o folião perdia completamente sua identidade cristã e se apegava aos costumes pagãos. Na "Festa dos Loucos", tudo passava a ser permitido, todos os constrangimentos sociais e religiosos eram abolidos. Disfarçados com fantasias que preservavam o anonimato, os"cristãos não-convertidos" se entregavam a várias licenciosidades, que eram, geralmente, associadas à veneração aos deuses
pagãos.
Com a chegada da Idade Moderna e a expansão marítima, o carnaval se espalhou pelo mundo afora, chegando ao Brasil, ao que tudo indica, no início do século XVII. Trazido pelos portugueses, o ENTRUDO – nomedado à festa no Brasil – se transformaria na manifestação que conhecemos hoje.
No período de carnaval, muitas pessoas acabam expondo tendências de cunho negativo e os desejos mais ocultos (manifestação da sombra pessoal, segundo Jung), desrespeitando-se moralmente para satisfazer prazeres carnais sem limites.
Através do alcoolismo, consumos de drogas e libertinagem, o campo vibratório destas pessoas torna-se propício à atuação dos kiumbas (espíritos obsessores e zombeteiros). Por esse motivo, nos dias que antecedem ao carnaval, os umbandistas costumam fazer firmezas de Exus a fim de fortalecerem-se contra a ação desses obsessores. Os guardiões têm por função impedir que essas energias invadam o espaço daqueles que não comungam com tais comportamentos. Os umbandistas não estão proibidos de brincar o carnaval, mas se faz necessário que tenham responsabilidade consigo mesmos. Afinal, nosso corpo é o primeiro templo.
Além disto tudo, sabe-se que é no carnaval que abre-se portal negativo que liga os homens desta dimensão aos espíritos de mais baixo escalão que juntamente com a não vigilância dos irmãos de fé e dos foliões em geral, atuam causando transtornos específicos nesta época. Em 2012 este portal tem intensidade aumentada por ser um ano de transição planetária.
Mas como este portal se abre?
O som tem o poder de repercutir éter, vibrando sentimentos e emoções do ouvinte. O som age como mântra. Os antigos sabiam disso , assim como os índios que utilizavam em seus rituais a música e ritmos específicos.
Sons mexem com o equilíbrio do nosso ser, regulando as emoções. A vibração de amor materno , na suavidade e docilidade do som das cantigas de ninar é um exemplo. Fala mansa, suave e em tom baixo, normalmente acalmam, ao contrario fala irritada, ou em tom mais alto aceleram o ouvinte, trazendo irritação.
Outro exemplo da e som que pode trazer elevação espiritual e emocional são as músicas clássicas que dependendo da nota em que vibram podem trabalhar a cura de certas doenças e no seu oposto, o som de tiros de guerra podem deslocar nossa energia vital deixando no corpo físico e mental apenas a vibração da energia telúrica mais densa ligando-se as trevas.
A batucada tem o poder de vibrar nossas células e moléculas físicas e espirituais quintadimensionando nosso corpo para permitir a incorporação ou ligação intensa com a espiritualidade.
Imaginem o que acontece no carnaval! A vibração da batucada, junto com o portal negativo aberto, juntamente com a os desejos sombra de cada um o que podem causar aos foliões! Isto tudo somatizado ao ano em que estamos vivendo causa excesso de desejo carnal para aqueles que estão ligados a a esta energia e mal estar aqueles que tentam fica em retiro. Som e movimento andam sempre juntos, e possuem mesmo efeito. Observemos então, que há magia no som, pois podemos manipular energias através do seu uso adequado.
Com isto é preciso que se ore e vigie mais nesta época durante este ano, que se faça as obrigações de médiuns necessárias e ainda que se vibre para o planeta afim de se fazer nossa parte dentro da espiritualidade.
Bom carnaval!


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